segunda-feira, 2 de junho de 2008

Arriba!

Uma precisava desabafar suas dores e ganhar algum consolo, a outra precisava compartilhar alguns sentimentos e perder alguns temores. Mas como elas fariam isso? Onde poderiam se encontrar pra partilhar o que estivam sentindo? A resposta é simples: Restaurante mexicano com direito a aulas de salsa e coreografia da macarena.

Sim, domingo à noite eu e a Jéssica nos jogamos dentro do carro e nos dirigimos até o restaurante mexicano mais pop da cidade, um luxo! Já na entrada eu havia sido alertada, “só pode beber quem dançar”, tudo bem eu pensei, eu danço. Na verdade até que eu tenho uma certa coordenação motora pro negócio, não sou uma dançarina nata e nem faço loucuras como a Baby e o Johnny em “Dirty Dancing”, mas o problema não era eu, eram eles.

Quando entramos estava tudo quieto, tudo muito bom. Nos sentamos numa mesa ao lado da pista de dança, (sim, estávamos psicologicamente preparadas para a dança latina) quando derrepente aquele dançarino com o pior sotaque castellano que eu já vi na vida, com a fantasia brega e com um sorriso mostrando todos os dentes apareceu, e dançou, e me fez dançar e eu estava me divertindo com aqueles passos, pra frente pra trás... vira! Direita, esquerda. Quando derrepente o pessoal da mesa de trás resolveu levantar.

E o trio da Graça apareceu. Logo já vi que o primeiro era o Desgraça, sem coordenação ele pisava no próprio pé tentando acompanhar os passos, um desastre total, mas pelo menos ele estava levando a sério aquela coisa de esquerda e direita. Já o seu amigo, o Sem-graça era totalmente um palerma, fazendo piada com a dança só conseguiu fazer uma única menina rir de suas gracinhas, e eu desconfio sinceramente que ela tenha dado aquela risada pra ele sair do caminho do banheiro. Por último, e bem menos importante estava o senhor Nem-de-graça, ele era esquisito, tinha um péssimo gingado, estava bêbado, e no final ainda arranjou uma briga.

Mas eu dou graças pelo trio da graça, que animou o ambiente e deu a mim e a Jéssica um motivo pra falar mal de alguém, a gente estava precisando disso, destilar algum veneno sobre pessoas desconhecidas. Eu sei, o tal do carma. Tudo bem, porque não falamos nada além da mais pura verdade. E depois que acabou a aula de salsa, nós balançamos o esqueleto com nossos próprios passos, mãos ao alto e transformando o trio da Graça em um quinteto, e eu estou certa de que vocês podem imaginar os nossos apelidos.


3 comentários:

Mafê Probst disse...

Juro que não pensei no apelido de vocês. A criatividade não colaborou dessa vez...
hehe

Unknown disse...

como assim? eu me senti a própria "Baby"
-" ninguém põem a baby em um canto"
AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!

fala a verdade que nós não eramos as melhores lá? afinal, somos cubanas.. não vale! :x
huiahuiauaihauiahiauhauihauahauai

ps. obrigada por ter ido nessa aventura comigo´
ps2. obrigada por partilhar com os blogueiros nossos domingos obscuros!
ps3. Larissa de limão é uma delicia

Paulo Wolf disse...

vamos para o circo sim! quem sabe até fique por lá mesmo ehehehehhee.... bjokas \o/

Obs: esta na hora de atualizar heim!!!