terça-feira, 27 de novembro de 2007

Máquina Estúpida

Hoje eu acordei com dores na coluna, coisa da idade. O banco do carro nunca foi tão desconfortável como nessa manhã, os quinze minutos da minha casa até o escritório se tornaram quinze décadas, e ao chegar na minha mesa 150 anos mais velha percebi que o encosto da minha cadeira estava quebrado. E é aí que eu me pergunto, como? Se na ontem estava tudo em perfeito estado? Aposto que foi o barbudinho da oficina. Já contei pra vocês como ele fica me observando, dia após dia, fazendo planos mirabolantes contra mim? Ele viu a oportunidade e Pimba! Quebrou o meu encosto. Ele que me aguarde, pois vai ter troco.

Como o meu chefe está viajando, o chefão está na área e é por isso que eu preciso mostrar uma boa postura, mas é claro que justo hoje a minha coluna travou, o encosto da cadeira quebrou e a porcaria da impressora devorou o meu papel. E a única coisa que posso dizer é que se essa história de contar até dez para diminuir a raiva funcionasse, a impressora da secretária ainda existiria.

É por essas e outras centenas de coisas que o que eu queria mesmo era trabalhar no pátio, dirigindo empilhadeira. Muito mais divertido e emocionante. Se o meu destino é ficar surda, que pelo menos seja de algo mais legal, como o barulho ensurdecedor que a empilhadeira faz quando põe um container em cima de outros cinco. Melhor do que ficar surda por causa de dez impressoras que além de barulhentas insistem em comer nossos trabalhos e fazer tudo ao contrário do que foi pedido. Será que elas não têm pena do meio ambiente quando me fazem gastar um saco de folha sulfite para imprimir três míseras páginas? Máquina estúpida.

Quem foi que disse que a tecnologia facilita a nossa vida? Eu sei que a maioria das vezes facilita. Mas as impressoras fazem parte dessa minoria que nos tiram a paciência e nos fazem parecer pessoas emocionalmente desequilibradas. MAS EU SOU EMOCIONALMENTE MUITO EQUILIBRADA! E tenho dito.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sofrimento

Eu sinto um forte arrepio e uma lágrima cai do meu olho. Agora meu nariz já está vermelho e o arrepio se transformou em um incontrolável bater de queixo. Já não consigo pensar direito e tudo o que queria era estar sozinha no meu quarto jogando as coisas pelos ares. Estou infeliz. Conseguem imaginar o porquê disso tudo? Então eu vou contar.

Cheguei atrasada no escritório e quando adentrei a minha sala, quase congelei, isso explica o arrepio e o bater de queixo. O ar-condicionado inexplicavelmente já estava ligado no máximo. Mas como? Se na hora do almoço estava desligado? Aposto que foi o barbudinho da oficina. Enfim, irritada com o ar-condicionado tentei desligar antes que nevasse, mas bem no meio do caminho fui sabotada pela minha própria mesa que me atravessou e quebrou o meu dedinho do pé me fazendo chorar.

Depois de me descabelar de dor, eu me recompus e desliguei o ar-condicionado. Fiquei cinco minutos com a cabeça apoiada no teclado e quando achei que tudo estava superado, meu patrão entra na sala, liga o ar-condicionado e pisa no meu pé. Tudo bem, ele não pisou no meu pé de verdade, mas ligar o ar-condicionado depois de todo o sofrimento que eu passei para desligar é a mesma coisa que enfiar uma faca no meu coração.

Eu reclamei, resmunguei e pedi, delicadamente como um hipopótamo, para ele desligar o ar-condicionado, mas a resposta que obtive foi: “Deixa ligado por cinco minutinhos até refrescar a sala”. REFRESCAR A SALA? E quando seria isso? Quando chegar a menos dez graus? Ou pode ser só até meu cérebro parar de funcionar? Qual é o problema com os homens? Da onde vem tanto calor?

Agora estou aqui, usando uma capa de chuva amarela para me aquecer, com uma tala improvisada (de fita adesiva e palito de picolé) no meu dedinho quebrado e desejando do fundo do meu coração que uma queda de energia aconteça e pare essa porcaria de ar-condicionado.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Afinal, quem é essa tal de Lilian?

Roedora de unhas e cutículas, Lilian usa as pontas de seus dedos para escrever textos e publica-los no Diarréia Verbal. Durante as manhãs e tardes ela enlouquece entre containeres, orçamentos e impressoras no emprego em que lhe arrumaram. Odeia quando é chamada de filinha do patrão, mas adora trabalhar com a família. Durante as noites ela cursa jornalismo e destila um pouco de veneno com suas amigas ‘vadias’. Lilian é viciada em suco de abacaxi com hortelã, adora um romance adolescente e adoraria que as pessoas não achassem tanta graça nisso. Só perde a memória quando bebe tequila, já a paciência ela perdeu uma única vez e até hoje não conseguiu achar, isso explica uma sinceridade excessiva comumente confundida com grosseria. Lilian é do signo de peixes e raramente sabe onde enfiou as chaves, a carteira, a bolsa e a cabeça. Nunca repete os erros, prefere inovar, errando de forma diferente todos os dias. É uma ótima confidente e os únicos segredos que não consegue guardar são os seus. Não perdoa traição e é um pouco rancorosa. Enfim, Lilian é adorável e tenho certeza de que você a ama!



Feller, Lilian, Gi e Manu na aula do Taiá.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

No Mundo Encantado dos Bonecos

Enquanto isso... no Mundo Encantado dos Bonecos... Estão numa mesa de uma lanchonete: a Susi, a Moranguinho, a Fofolete, a boneca Bolachina, a miniatura do Mac Steel e a Teresa (versão morena da Barbie). Enquanto tomam suco de abacaxi eles discutem o plano de acabar com as Pollys (clique em cima de Pollys e entenda melhor). Até a hora em que o Ken adentra a lanchonete e Teresa paralisa.

Susi conta para a mesa o boato de que o Ken a Barbie terminaram seu relacionamento e que agora ele anda meio desnorteado. Nesse momento Ken e Teresa trocam olhares. Ele vê nela a oportunidade perfeita para se reerguer, afinal, o que é um Ken sem uma Barbie? E apesar de Teresa não ser uma Barbie, de fato, ela definitivamente é melhor do que nada.

Ken sorri para Teresa e ela rapidamente desvia o olhar. Apesar de um saber quem é o outro, nunca foram apresentados, e depois do término de Teresa com o Bob (versão morena do Ken) ela não está acustumada com trocas de olhares e flertes em lanchonetes. Ken ficou confuso com o desviar do olhar de Teresa, isso nunca aconteceu antes, as bonecas praticamente se jogavam em seus braços. Mas a Teresa era diferente, Teresa era uma boneca muito retardada, afinal, quem foge do Ken? Todo lindo, loiro bronzeado, alto e ah, é uma burra mesmo. Ficou se fazendo de difícil e perdeu a oportunidade, pois o Ken foi embora e só Deus sabe quando eles irão se esbarrar novamente.



terça-feira, 6 de novembro de 2007

" Os cinco motivos que justificam eu não querer sair de casa"

1. Estou com dores no estomago e minha barriga ta do tamanho de uma bola de basquete.
2. Tenho uma resenha terrível pra fazer para a aula de Realidade Regional.
3. Meu cabelo ta sujo e despenteado.
4. Minha amigdala tá inflamada do tamanho de uma bola de golfe.
5. Eu estou infeliz. Totalmente infeliz.