terça-feira, 18 de dezembro de 2007

13 HORAS

O dia estava acabando e minha coluna estava me matando, pelo menos já era sexta-feira e eu poderia por em prática todos os meus planos para o final de semana. Estava tão exausta que decidi deitar um pouquinho para descansar a minha coluna que realmente estava me matando, coisa da idade.

Então eu e uma amiga que não via fazia muito tempo nos reencontramos e resolvemos sair juntas, fomos a um barzinho na minha rua que eu nunca havia visto antes. Enfim, lá encontramos todos os nossos amigos de infância e foi um pouco estranho, todo mundo que eu não via há anos reunido num bar que eu nunca tinha visto na vida e que era na minha rua. Como assim? Mas estava divertido.

Saindo dali eu fui dar uma volta com um ex-namorado e sua nova namorada, estávamos nos dando muito bem até ela falar mal de um amigo meu, começamos a discutir e quando eu me dei conta já estava com metade do cabelo da menina na minha mão, as coisas estavam fugindo do meu controle.

Quando enfim cheguei na minha casa percebi que os móveis haviam sido todos trocados pelos móveis da casa de praia e eu não conseguia entender, porque levaram a minha cama boa e confortável e me trouxeram aquela cama velha parecida com aquelas camas de acampamento. Eu queria a minha cama de volta com meus lençóis da Hello Kitty e minhas almofadas divertidas. E eu queria agora!

Então minha mãe me puxou num canto e me informou que havia acontecido uma coisa muito triste, eu comecei a ficar nervosa, e quanto mais ela enrolava pra me dizer a verdade mais nervosa eu ia ficando. Até que eu a agarrei pelos braços dei um sacolejo e falei pra ela desembuchar logo qual era o problema, e ela me contou que meu cachorrinho havia sido atropelado por um carro e morrido.

Eu desabei num choro sem fim e sem motivo algum, afinal, eu nem tinha um cachorrinho, mas as lágrimas estavam descontroladas e o berreiro, nossa, podia ser ouvido lá naquele bar que eu nunca havia visto na vida, mas que continuava lá na minha rua até o momento em que eu ouvi a voz do meu pai bem fraca, lá longe ele dizia como se fosse uma música de fundo: “Levanta sua malandra!”

“O quê? Que horas são? Eu não saí ontem? Quanto tempo eu dormi? Porque eu estou tão cansada?” Eu estava completamente perdida no tempo, mas meu pai me esclareceu algumas coisas: “São oito horas da manhã. Você não saiu ontem porque hibernou durante treze horas e o seu cansaço deve ser de ir num bar aqui na rua, encontrar amigos, brigar com uma menina, chorar por um cachorro e eu estou esquecendo de alguma coisa?”. Bom ele havia esquecido dos móveis da praia.

“Mãe, acho que o pai consegue ler os sonhos das pessoas”. “Só os seus meu bem. Afinal, você fala em alto e bom tom quando dorme profundamente, hoje todo mundo acordou cansado, ninguém conseguiu dormir com tanto barulho”
Ai ai ai! Será que eu narro meus sonhos com o Jim Carrey também? Pensar em voz alta já é constrangedor, sonhar em voz alta é... nem tenho palavras.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu falo dormindo, absurdamente HAHAHA

BEIJOOO LILIAN =D

Mafê Probst disse...

sonhar em voz alta deve ser no mínimo engraçado. Pra quem escuta.

Cuidado com teus segredos Lika! Se eu fosse você, dormia com esparadrapo na boca.

Unknown disse...

Ei, já faz quase 1 mês sem nenhum post... :(

Beijinhos.

larica disse...

hahahaahahaa
ainda bem que eu durmo com protetor oricular!
mentira
--'

xau.